Professora Colaboradora
Possui graduação em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968), mestrado em Analyse Regionale et Amenagement de l Espace – Universite de Paris I Pantheon Sorbonne (1979) e doutorado em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999). Foi Professora Associado nivel IV, da Universidade Federal Fluminense de 1986 até julho de 2013. Atua como Colaboradora no Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da mesma instituição desde junho de 2012. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Estudos da Habitação,com estudos e trabalhos publicados principalmente na área de Teoria da Arquitetura, com ênfase em “habitação popular”. É coordenadora do Grupo de Pesquisa “Arquitetura da Violência” (www.arqviol.sites.uff.br), desenvolvida com financiamento da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, que tem como temas principais: violência, arquitetura, cidade, habitação, mercado, segurança, sociabilidade e exclusão, cuja produção foi publicada em DVD, em 2008 e textos apresentados em eventos e publicados, disponibilizada para pesquisadores e interessados; o Grupo fez parte da Rede de Laboratórios de Políticas Públicas do Rio de Janeiro (PRONEX 2010).
Projeto de pesquisas em andamento
– Arquitetura da Violência: Regulações de uma ordem privada e consolidação de uma nova sociabilidade urbana excludente
A “Arquitetura da Violência” é entendida, nesta pesquisa, como aquela que explicita a intervenção para promover a proteção e a segurança patrimonial/habitacional. O ponto de partida desta proposta é o crescimento da concentração de riqueza, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo, que provoca, em contraposição, a crescente miséria que ocupa, diariamente, as páginas dos jornais aliada ao crescimento da violência e da criminalidade urbana. Não são, com certeza, as estatísticas oficiais, não publicadas, que informam a população sobre índices de violência e criminalidade. Daí a prioridade do jornal impresso como fonte de informação de dados do real / cotidiano, na pesquisa. Nesta perspectiva, o objetivo inicial e principal é o de investigar até que ponto, e de que maneira, essa “violência” e o crescente medo dela decorrente, tem “desenhado” um novo padrão funcional e formal de arquitetura habitacional das elites paulista e carioca, e como o mercado imobiliário e/ou de materiais e de equipamentos de proteção, se apropria deste medo transformado em apelo de venda. Como procedimento metodológico básico, todas as análises do quadro construído partem dos registros fotográficos nas duas cidades, de imóveis antigos e recentes, em diferentes bairros ocupados principalmente pelas elites – as principais interessadas na eficiência e eficácia de todas as estratégias que possam estar a sua disposição. No campo do mercado já foi possível avaliar que uma fatia significativa depende, hoje, da manutenção e do crescimento do pânico social que se desdobra em medidas concretas de auto proteção e segurança particulares. Políticas públicas e estratégias privadas de exclusão e gentrificação. Equipe envolvida: Desireé Bastos Matta, João PauloCoimbra.
